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Considerações

Passei tempo demais perdendo meu tempo, Todas as promessas feitas, promessas que nunca imaginei cumprir, Foram usadas como desculpa, desculpa para seguir em frente Apenas um meio para se alcançar o objetivo. Qual objetivo? Eu nunca soube. Eu nunca amei ninguém, embora tenha me declarado diversas vezes, Foram sentimentos eternos, mesmo durando poucos instantes, Sentimentos abafados pelo desejo que consome e solidifica o coração. Nunca sofri por ninguém e poucas vezes me importei Não me importei, muito embora não tenha deixado que ninguém fosse esquecido. Algumas vezes me deixei cair e caí para mostrar que estou vivo E que estando vivo posso sentir, sentir cada sensação que o mundo me passa. Mas nunca deixei que vissem dentro de mim, sempre usei máscaras Máscaras que me faziam mais forte, mesmo estando tão fraco. E os erros cometidos só serviram para me abrir os olhos, Pra mostrar que existir não é fácil e minhas escolhas podem destruir conquistas. Por isso eu vivo o dia

Uma verdade diferente...

Pessoas como eu nunca mudam, somos os mesmos sempre, um reflexo imperfeito da imagem de nossos antepassados tentando mudar o mundo a nossa maneira. Nascemos, crescemos e morremos na guerra, somos o espírito revolucionário de uma revolução inexistente, fomos julgados por nossos desejos e condenados como pecadores por pessoas como vocês. Vivemos escondendo nossas vontades enquanto os verdadeiros culpados estão governando seu mundo perfeito. Abrimos nossos olhos para a realidade e nos cegamos pela superficialidade que comove seus corações vazios, não nos metemos com nada, ignoramos seus modos de vida e suas idéias fúteis apenas pela certeza de que essa não é nossa era. Somos ditos frios e cruéis quando na verdade somos nós a ter o sentimento genuíno, calamos nossas reivindicações por sermos a minoria e esperamos nosso momento sem deixar rastros de nossas intenções, sem nenhuma pretensão de agradar ou vontade de machucar fazemos nossa história por trás das cortinas que cobrem suas vidas.

Quando a alma morre...

Eu cansei de viver, cansei de sonhar, de sentir, de fazer, de deixar acontecer, de esperar, de desejar, de respirar, de odiar, de amar, de ignorar. Eu cansei de dormir, de andar, correr, pular, de se jogar, cansei de imaginar, de se apegar, de sofrer, cansei de me decepcionar, de ser, de não ser, de estar, de não estar, de seguir, me perder, de prosseguir, de falar, ver, ouvir, de sentir. Eu cansei de parar, desistir, de continuar, de deitar, de sentar, cansei de existir.

Eu escrevo...

Por amor ou por nada, escrevo apenas... Não tudo o que sinto e até mais do que sinto, escrevo sentimentos, escrevo sensações. Não sou amante e não anseio a ninguém, Escrevo apenas a inspiração momentânea que grita e logo se esconde... Deixando a conquista de lado, escrevo tragédias. Apenas grito em silêncio a vontade de todos, vazio, eu me vejo tentado a roubar sentimentos alheios: Os pássaros cantando, o vento nas árvores, o Sol brilhando e as crianças brincando, amantes aos beijos, carros passando. O mundo inspira a poesia desajustada de mentes vazias e eu roubo todas as sensações a minha volta. Mas escrevo também todo o vazio significativo que se expande em mim, os sentimentos que quando me encontram desfalecem tão rápido e além de tudo, escrevo sobre meus desejos e antigos sonhos, para que saibam que até eu um dia tive mais que emoções roubadas.

Poeta

Lindos olhos vazios destacam-se de sua triste face, suas palavras alimentam esperanças esquecidas por si mesmo. Sonhos, desejos, anseios; nada mais lhe encanta. Abandou a vida e se entregou ao mundo abstrato, onde a segurança de estar só lhe permite ser ele mesmo enquanto entrega apenas fachada ao mundo, entrega a todos um modo de acreditar, através de seus lindos versos, no fundo todos vazios. Oh, triste poeta que ao papel entregou seus sentimentos, de todos os desejos que queimavam em seu peito, descobriu-se frio, e do amor, ainda que fascinado, entregou-se a solidão. Mesmo que ame como outrora amaram os antigos poetas românticos, não se deixou perder pela dor da espera, amou apenas, silenciosamente, sem se quer deixar perceber que existem muito mais coisas por trás de seus tristes olhos vazios.